Nada é mais revelador da escravidão do jornalismo brasileiro que o silêncio ensurdecedor no momento em que a última ala da Paraíso do Tuiuti entrou na Marquês de Sapucaí.
Ninguém no estúdio da Globo se atreveu a narrar o que via.
Uma cena patética e constrangedora.
Durante longos minutos, as imagens mostravam uma plateia vibrando com o carro alegórico que trazia em destaque um Temer Vampirizado.
O samba cresceu na avenida nos passos de foliões carregando patos amarelos, passistas desfilando com a camisa da seleção Brasileira sendo manipulados por enormes mãos midiáticas como se estivessem na Avenida Paulista.
Atrás vinham as vítimas do golpe, trabalhadores exibindo a carteira de trabalho queimada pela reforma trabalhista.
Só faltou a Tuiuti mostrar os repórteres escravos dos senhores da comunicação que não têm liberdade sequer para dizer o que todos viram em cores e ao vivo.