Só faltou Tuiuti mostrar os jornalistas escravos dos senhores da comunicação. Por Florestan Fernandes Júnior

Atualizado em 13 de fevereiro de 2018 às 9:03
Alex e Fátima Bernardes

Nada é mais revelador da escravidão do jornalismo brasileiro que o silêncio ensurdecedor no momento em que a última ala da Paraíso do Tuiuti entrou na Marquês de Sapucaí.

Ninguém no estúdio da Globo se atreveu a narrar o que via.

Uma cena patética e constrangedora.

Durante longos minutos, as imagens mostravam uma plateia vibrando com o carro alegórico que trazia em destaque um Temer Vampirizado.

samba cresceu na avenida nos passos de foliões carregando patos amarelos, passistas desfilando com a camisa da seleção Brasileira sendo manipulados por enormes mãos midiáticas como se estivessem na Avenida Paulista.

Atrás vinham as vítimas do golpe, trabalhadores exibindo a carteira de trabalho queimada pela reforma trabalhista.

Só faltou a Tuiuti mostrar os repórteres escravos dos senhores da comunicação que não têm liberdade sequer para dizer o que todos viram em cores e ao vivo.