As escolas estaduais de São Paulo caíram no ranking de qualidade de educação, segundo o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). A queda mais acentuada aconteceu nos anos finais do ensino fundamental – da primeira para a quinta posição entre os 26 estados e o Distrito Federal entre 2019 e 2023.
Já nos anos iniciais do ensino fundamental, São Paulo caiu da segunda para a sexta posição entre as 27 unidades da Federação. Quando é analisada a qualidade das escolas estaduais de ensino médio, a queda foi mais leve – da quinta para a oitava posição dentre os estados.
Por conta da pandemia da covid19, a comparação do ranking 2023 aconteceu com o ano de 2019. Em 2021, houve queda em todos os estados, mudando a curva de evolução por causa da aprendizagem menor com o ensino à distância.
Nos anos iniciais, a nota da rede paulista ficou em 6,2. A liderança ficou com o Ceará, que obteve pontuação de 7,7. Paraná, Goiás, Espírito Santo e Piauí ficaram à frente de São Paulo. Em 2019, apenas o Paraná havia superado as escolas paulistas nesta etapa.
São Paulo deixou o posto de liderança nos anos finais, posição dividida com Goiás (que manteve a liderança nesta etapa e no médio) para chegar à sexta posição no ano passado. No período, a nota variou de 5,2 para 5,1, enquanto a rede estadual goiana cresceu de 5,2 para 5,5.
Quando a fase analisada é o ensino médio, a nota paulista variou de 4,3 em 2019 para 4,2 em 2023. Enquanto há cinco anos a rede de São Paulo ocupava a quinta posição, no ano passado sete redes estaduais ficaram à frente das escolas paulistas.
De acordo com a Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP), “os resultados da edição 2023 do Ideb reforçam o diagnóstico feito pelo governo do Estado no início da gestão, que aponta defasagem na aprendizagem e a necessidade de implementar medidas para recuperar o déficit acumulado”.
Escolas municipais
Também houve piora nas escolas municipais da capital paulista. A nota na prova aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) a turmas de 5.º ano foi de 5,6, em uma escala de 0 a 10. Em 2019, pré-pandemia, a nota era de 6.
O ensino municipal paulistano manteve a nota de 4,8 nos anos iniciais do ensino básico. As prefeituras cuidam principalmente dos primeiros anos do fundamental, do primeiro ou quinto ano, enquanto que os quatro últimos anos, do sexto ao nono ano, são divididos com os governos estaduais.
Com esse resultado, São Paulo ficou fora da lista das melhores capitais nas duas faixas: em 14º lugar nos anos iniciais e em 11º lugar nos anos finais. A cidade também não alcançou as metas que o ministério havia traçado para 2021 —chegar a 6,2 pontos nos anos iniciais e 6 nos anos finais do fundamental.