No retorno ao seu apartamento no Edifício Chopin, em Copacabana, a socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, rompeu o silêncio em coletiva de imprensa na última sexta-feira (27). Pela primeira vez desde que o conflito familiar se tornou público, ela negou categoricamente que José Marcos Chaves Ribeiro seja seu marido e expressou tristeza com a decisão judicial que o nomeou seu tutor legal.
Regina declarou na entrevista que não houve agressões físicas, mas acusou Ribeiro de ter empurrado-a e provocado a queda de objetos sobre sua cabeça. Além disso, ela denunciou que ele teria retirado dinheiro de sua poupança e joias preciosas de seus cofres. Nesta semana, a socialite conseguiu na Justiça uma decisão que obriga o suposto marido a manter afastamento legal dela.
“Um dia ele gritou comigo, foi horrível. Ele me deixou ‘a zero’. Trinta e tantos anos de poupança, eu fazia questão de ter uma. Ele levou joias e pedras preciosas que o meu marido havia trazido para mim da Europa, Alexandrita. Ele pegou dentro do meu cofre. Bater ele não se atrevia. Sou de uma família de tradição de Minas que não admite. Ele nunca ousaria me bater. Empurrou, deixou cair coisas na minha cabeça”, relatou Regina.
O retorno ao apartamento foi acompanhado por parentes, incluindo a cunhada e o sobrinho Carlos Queiroz, que detinha a curatela provisória da socialite até a decisão judicial da última quinta-feira (27).
Enquanto a família de Regina manifesta sua oposição à decisão da Justiça, a defesa de José Marcos Chaves Ribeiro anunciou que se reunirá para discutir as questões decorrentes do caso.
Um laudo pericial anexado ao processo, datado do último dia 15, afirma que é “possível” que Regina Gonçalves seja “suscetível à manipulação e à implementação de falsas memórias”. Essa avaliação foi um dos elementos considerados no desenrolar da disputa judicial entre a família da socialite e seu companheiro.
O embate legal entre as partes ganhou notoriedade este ano, com a família acusando Ribeiro de violência psicológica e doméstica contra Regina. No entanto, a decisão judicial desta quinta-feira, concedendo a tutela provisória à José Marcos Chaves Ribeiro, contrariou os anseios familiares.
A queda de braço entre os familiares e o companheiro de Regina remonta a 2016, mas só recentemente as contendas foram intensificadas. Apesar da determinação da desembargadora Valéria Dacheux em favor de Ribeiro, o processo continua a gerar controvérsia, com a família insistindo nas acusações de violência doméstica.
João Chamarelli, empresário autorizado pela família de Regina a falar sobre o caso, alegou que a socialite foi vítima de um golpe por parte de Ribeiro, acusando-o de mantê-la em cárcere privado. Por outro lado, o advogado de Ribeiro destacou que a decisão do Tribunal de Justiça prevalece sobre a de primeira instância.
O desfecho da disputa judicial em torno da tutela de Regina Gonçalves é aguardado com expectativa, enquanto ela retorna ao seu lar no Edifício Chopin, um dos locais mais emblemáticos de sua história de vida.