O Paraguai é aqui.
Em sua chegada ao Palácio da Justiça em Assunção na terça, dia 10, o promotor Osmar Legal, que cuida do caso Ronaldinho Gaúcho, deu uma sova moral no ministro da Justiça Sergio Moro.
Ele foi questionado sobre as injunções de Moro junto a autoridades paraguaias com relação à prisão do ex-craque e de seu irmão Assis.
“Somos independentes, tanto internamente quanto externamente”, respondeu.
À Folha, declarou que “os dois não sairão até que tragam a informação verdadeira sobre a finalidade dos passaportes falsos”.
“Eles são parte de uma investigação maior que estamos fazendo, que envolve outras pessoas e outros crimes com os quais eles poderiam ter vínculos.”
Ponto.
O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, relatou que “Moro me escreveu no sábado (dia 7) e perguntou sobre a situação de Ronaldinho”.
“Quis saber se ele e Assis poderiam ser libertados. Respondi que não depende de mim”, contou Acevedo.
“Também perguntou se estão em um local seguro, e respondi que sim. Ele não gostou da prisão de Ronaldinho.”
Acevedo não foi desmentido.
Falta trabalho? Falta festival de punk rock para censurar?
Se o Brasil fosse sério, Sergio Moro estaria explicando agora a preocupação com rematado pilantra, a ponto de interferir em país alheio.
Mas isso aqui é o Paraguai.