Os bolsonaristas ficaram como baratas tontas diante do vexame da participação da médica Nise Yamaguchi na CPI da Covid.
A oncologista, que chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Saúde, saiu menor do que entrou de seu depoimento, como se isso fosse possível.
O senador Otto Alencar (PSD-AM) colocou em xeque a reputação científica que Nise pudesse ter até hoje, ao questioná-la sobre a diferença entre um vírus e um protozoário, uma pergunta que um aluno do Ensino Médio saberia responder.
Outros membros da CPI, como Alessandro Vieira (Cidadania-se) e Fabiano Contarato (REDE-ES) também se destacaram como contrapontos ao discurso da médica propagandista da cloroquina.
A forma como Yamaguchi foi tratada na CPI, todavia, fez com que os seguidores do presidente se condoessem dela, o que fez com que #SomosTodosDraNise ocupasse boa parte da tarde e da noite do dia nos Trending Topics do Twitter (ranking dos assuntos mais comentados da plataforma).
Boa parte dos argumentos usados pelos bolsonaristas remetiam a questões ligadas a um suposto machismo dos senadores. Veja algumas delas:
Foi um horror. Os medicos estão se matando para ajudar cada doente. Meu Deus. Show de horror. @nise_dra super educada. Mulher humana e cientista. Senadores machistas! Vergonha!!!! #SomosTodosDraNise
— Regina (@loucadsampa) June 2, 2021
Ver a quantidade de idiotas que apoiam o que aconteceu hoje na CPI, mostra como existem pessoas tão asquerosas quanto os Senadores machistas, sexistas e misóginos.#SomosTodosDraNise
— ?? José!! (@josejuniorbel) June 1, 2021
Em seu depoimento de hoje a médica deu informações erradas sobre si mesma, falseou dados estatísticos sobre o Amapá, citou um estudo científico sem credibilidade, mentiu sobre reuniões privadas com Bolsonaro, criticou o lockdown com um fundamento científico falho e desconsiderou o aumento de produção de cloroquina pelo exército.
Ou seja, ela fez o que de melhor o bolsonarismo sabe: mentir, omitir, distorcer estatísticas, negar fatos evidentes e disseminar informações sem fundamento científico para, com tudo isso, preservar a pele do “Mito”.
Ao assumirem-se como “Dras. Nises” os bolsonaristas revelam publicamente, mais uma vez, sua índole.