Cerca de 900 mil clientes continuam sem energia na capital e na Grande São Paulo, após uma forte chuva com ventos recordes na última sexta-feira (11). A Enel atribui a situação a um “evento climático extremo”. Há moradores que estão há quase 40 horas sem luz, com o desligamento de várias linhas de alta tensão e subestações, especialmente nas zonas oeste e sul da cidade e na região metropolitana.
O número de 900 mil se refere a pontos de instalação, o que significa que o total de pessoas afetadas pode ser maior, no entanto, a Enel não fornece um prazo para o restabelecimento total da energia. Nos canais de atendimento, os moradores recebem informações vagas sobre a previsão de retorno, com prazos se estendendo até segunda-feira (14). O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou que prefere não criar expectativas frustradas.
Os bairros mais impactados incluem Jabaquara, Vila das Mercês, Ipiranga, Jardim São Luiz e Santo Amaro, além das cidades de Santana de Parnaíba, Carapicuíba e São Bernardo. Na capital, 552 mil clientes estão afetados, e a situação é crítica em São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra.
Além da falta de luz, a região metropolitana enfrenta desabastecimento de água, já que a falta de energia comprometeu a distribuição em várias cidades. Em nota, a Sabesp recomendou o uso consciente da água armazenada nas caixas residenciais.
A Enel informou que está mobilizando equipes do Ceará e do Rio de Janeiro para aumentar o número de funcionários trabalhando na recuperação do serviço, embora alguns trechos da rede precisem ser completamente reconstruídos. O temporal resultou em sete mortes, com três vítimas em Bauru, duas em Cotia, uma na capital e uma em Diadema, todas relacionadas a quedas de estruturas ou árvores.
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