Stalker bolsonarista que ameaçou a família de Moraes atua no Comando da Marinha no Rio

Atualizado em 1 de junho de 2024 às 8:47
O fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, preso por ameaças a Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

O segundo-sargento Raul Fonseca de Oliveira preso na última sexta-feira (31) pela acusação de ameaçar e perseguir (stalking) a família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está lotado no Comando da Marinha, no Rio de Janeiro, e atua no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e no Sistema de Administração Financeira (Siafi).

Além do fuzileiro naval, seu irmão, Oliverino de Oliveira Junior também foi detido pelas mesmas acusações. A operação foi realizada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e se insere no contexto das investigações do inquérito das Fake News (4.781).

Raul, de 42 anos, recebe um salário bruto de R$ 8.252,10, segundo o portal Transparência do governo federal. Oliveira também enfrenta dois processos no Superior Tribunal Militar (STM) por desacato, insubordinação e abandono de posto.

A investigação teve início em abril, quando e-mails anônimos enviados ao STF ameaçaram a família do ministro com uso de bombas, mencionando o itinerário de sua filha. Moraes, casado com a advogada Viviane Barci de Moraes, tem três filhos: Gabriela, Giuliana e Alexandre.

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: reprodução

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que as mensagens dos irmãos continham referências a “comunismo” e “antipatriotismo”, com o intuito de intimidar o ministro e restringir seu livre exercício da função judiciária. “A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, declarou Moraes em nota.

Darlan Almeida, advogado de Raul Fonseca de Oliveira, disse que seu cliente ficou “extremamente surpreso e perplexo” ao ser informado sobre o motivo de sua prisão. Em um vídeo enviado à imprensa, Almeida afirmou que Raul nega veementemente os eventos que resultaram em sua prisão.

O advogado também mencionou que, até o final da tarde de sexta-feira, não teve acesso aos documentos que embasaram a prisão preventiva de seu cliente e os mandados de busca e apreensão.

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