A chegada da Starlink, empresa do bilionário Elon Musk, à região amazônica está transformando a vida das tribos indígenas. Com informações do The New York Times.
Graças à internet via satélite da Space X, empresa privada de exploração espacial de Musk, os indígenas Marubo agora podem se comunicar com parentes distantes e acessar serviços online. No entanto, os indígenas também precisam lidar com os adolescentes, que estão cada vez mais expostos a conteúdos pornográficos e violentos.
Os Marubo, que vivem em aldeias remotas ao longo do Rio Ituí, no coração da floresta amazônica, foram conectados à internet de alta velocidade pela Starlink em setembro.
A chegada da internet trouxe alegria para a comunidade, mas também preocupações, especialmente entre os mais velhos, que veem os jovens se afastando das tradições indígenas.
“Quando chegou, todos ficaram felizes”, disse Tsainama Marubo, de 73 anos, sentada no chão de terra da maloca de sua aldeia, uma cabana de 15 metros de altura onde os Marubo dormem, cozinham e comem juntos. “Mas agora, as coisas pioraram”, acrescentou.
“Os jovens ficaram preguiçosos por causa da internet […] Eles estão aprendendo os modos dos brancos”, afirmou Tsainama Marubo.
Após apenas nove meses com a Starlink, os Marubo já estão lidando com os mesmos desafios que têm atormentado as famílias da sociedade moderna há anos: adolescentes grudados em telefones; grupos de bate-papo cheios de fofocas; redes sociais viciantes; estranhos online; jogos de vídeo violentos; golpes; desinformação; e menores assistindo a pornografia.
Os Marubo e outras tribos indígenas agora enfrentam o desafio de equilibrar os benefícios da internet com a preservação da identidade cultural.