O ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) se vê envolvido em mais uma investigação, agora relacionada às mortes de pacientes por falta de oxigênio nos hospitais de Manaus durante o ápice da pandemia de Covid-19.
Além de ser citado na delação de Mauro Cid como um dos generais envolvidos em um plano de golpe de Estado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Pazuello agora deve enfrentar um julgamento direto no Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação sobre a tragédia em Manaus foi encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, relator do inquérito que apura a negligência de Pazuello, Bolsonaro e outros aliados durante a pandemia.
De acordo com apurações do Ministério Público, 31 pessoas morreram por falta de oxigênio nos dias 14 e 15 de janeiro de 2021, quando o sistema de saúde local entrou em colapso.
Um documento da Advocacia-Geral da União (AGU) admitiu que a gestão Pazuello tinha conhecimento do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes da tragédia. Essa revelação acrescenta mais pressão sobre o ex-ministro da Saúde, cujas ações e omissões durante a crise sanitária continuam sob escrutínio.
Durante a pandemia, o ex-ministro foi escolhido por Bolsonaro por sua “expertise” em logística no Exército. Mas ao lidarem com críticas na gestão do grave problema de saúde que o Brasil enfrentava, Pazuello alegou que apenas seguia as ordens do ex-presidente, inclusive com afirmação de que “um manda e o outro obedece”.
'Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece', disse Pazuello ao lado de Bolsonaro. pic.twitter.com/dZhOXuegYw
— PDT Senado (@PDTsenado) April 23, 2021
Em 2021, durante a CPI da Covid-19, o DCM conversou com Andréa Barbosa, ex-esposa de Pazuello, que prestaria depoimento no Congresso sobre a atuação do bolsonarista durante a crise sanitária.
Na ocasião, ela contou que “em plena pandemia, ele fez um jantar com Nise Yamaguchi, outras figuras defensoras da cloroquina”, no que ficou conhecido como o gabinete paralelo que atuava contra as recomendações da OMS no governo Bolsonaro.
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