O site Notícias da TV informa que, nos anos 1990, Silvio Santos não acreditou no projeto do Sai de Baixo e recusou a proposta de ter o humorístico no SBT. A emissora era a primeira opção do diretor Daniel Filho para exibir o programa, mas seu dono não teve interesse e até menosprezou a atração. O projeto, no entanto, foi aprovado pela Globo e exibido ao longo de seis anos.
“Na primeira vez, eles [o ator Luis Gustavo e Daniel Filho] tentaram vender para o SBT, e o Silvio achou um lixo, achou uma merda. Nesse ínterim, Daniel Filho foi readmitido pela Globo, e eles levaram o projeto pra fazer um piloto”, revelou Marisa Orth em entrevista à série documental Viver do Riso, do canal Viva.
Segundo Miguel Falabella, até os primeiros episódios começarem a fazer sucesso, o Sai de Baixo (1996-2002) realmente foi um programa desacreditado.
“Daniel chamou eu e Maria Carmen Barbosa para criarmos o primeiro programa. Havia uma ideia, uma sinopse de personagens. Mas a gente não sabia que seria um clássico. Daniel foi até alertado para que não botasse aquilo no ar, que aquilo não ia funcionar. A gente estreou sem saber para onde aquilo ia. Foi um susto”, contou.
Vendido como uma comédia à la Família Trapo (1967-1971), o Sai de Baixo conquistou o público com seus personagens e as atuações sem noção dos atores, que improvisavam muito e criavam piadas entre eles mesmos nos bastidores.
Marisa Orth afirmou que o melhor de todos do elenco era Luis Gustavo, o criador do programa. Ela considera que o veterano era o guru dos atores, que fazia todos rirem. Já Miguel Falabella acha que o humorístico era fundamentalmente dos dois funcionários do apartamento da trama.