Suspeito-chave no caso Marielle foi absolvido por homicídio, acusado de liderar milícia e executado a tiros

Atualizado em 26 de julho de 2023 às 17:18
Edimilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé. Foto: Reprodução

Suspeito-chave do caso Marielle Franco, o ex-policial militar Edimilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé, já foi absolvido por homicídio e acusado de liderar milícia. Ele foi executado a tiros em novembro de 2021 e a investigação sobre sua morte não foi concluída. Informações recentes obtidas por investigadores apontam que Macalé sabia quem foi o responsável por mandar matar Marielle.

Ele foi o responsável por executar a tiros o adolescente Michael Lannes Ramos em outubro de 2012, segundo o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O dono de uma lan house, que também seria integrante da milícia, teria o ajudado a matar o jovem, ficando de campana com um rádio comunicador. A vítima foi morta por participar de supostos furtos no bairro Oswaldo Cruz.

Três anos antes, em janeiro de 2009, o pai de Michael havia sido assassinado na mesma rua e seu filho presenciou o atentado.

Macalé e o dono da lan house foram presos preventivamente em dezembro de 2012. A Justiça apontou que havia indícios fortes da participação de Edimilson na milícia.

“Há concretas informações de que os acusados são integrantes da milícia atuante na localidade e, como se sabe, milícias são organizações criminosas que, através do terror e da intimidação, extorquem moradores de determinado bairro ou comunidade e eliminam, sem piedade, aqueles que contrariam seus interesses”, afirmou o juiz Jorge Luiz Le Cocq.

A argumentação do magistrado não convenceu o júri popular, que acabou absolvendo os dois acusados em julho de 2014. O Ministério Público considerou que não havia mais perigo para a ordem pública ao tratar de sua soltura.

Quando Macalé foi preso, a Polícia Civil afirmou que ele seria líder da milícia que atua na região de Oswaldo Cruz. Na casa dele, foram apreendidas um BMW preto, uma pistola calibre 9mm, carregadores, 67 munições e um taco de beisebol. Em 2017, ele foi absolvido pelo porte de arma ilegal e a juíza Juliana Benevides de Barros Araújo alegou que não haveria provas de que a arma era dele.

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