Dois aparelhos de celular e três computadores foram apreendidos em endereços ligados ao casal suspeito de ter envolvimento na agressão à família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.
O material será lacrado e enviado ao delegado da PF em Brasília, que cuida do inquérito. Além dos celulares e dos computadores do casal, um notebook do genro deles também será analisado.
O pedido foi expedido pela presidente do Supremo, Rosa Weber, e os agentes receberam ordem para recolher computadores, celulares e documentos. Agora, o inquérito foi distribuído para o ministro Dias Toffoli.
A PF solicitou ao STF o mandado para buscar e apreender todas as evidências relacionadas ao que aconteceu no aeroporto italiano. De acordo com o G1, se existirem outros elementos, como patrocínio de atos golpistas, também será incluído na investigação.
Em depoimento na sede da PF em Piracicaba, no interior de São Paulo, Roberto alegou que não sabia que estava discutindo com o filho de Moraes e admitiu ter “afastado com o braço” o rapaz para defender a esposa, Andreia.
“Somente quando desembarcaram e foram abordados pela Polícia Federal no aeroporto é que tomaram conhecimento que se tratava de um filho do ministro. Que não houve na área de embarque qualquer contato com o ministro e que realmente o contato que houve foi visual. E num segundo momento foi pessoal, mas quando o ministro sai dessa sala vip pra vir retirar o seu filho dessa área externa”, afirmou o advogado de defesa.
Os depoimentos do casal foram acompanhados por vídeo conferência pelo delegado da Diretoria de Inteligência da PF, em Brasília, e uma lista de perguntas foi encaminhada para a equipe de Piracicaba, que ouviu presencialmente os investigados.
Os registros do circuito interno do aeroporto de Roma, relacionados às denúncias de ofensas, intimidação e agressão feitas pelo ministro, já foram entregues à Interpol da Itália. A gravação contempla minutos antes, durante e depois da abordagem agressiva.
No último dia 14, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional da capital italiana. Os envolvidos seriam quatro integrantes de uma família de Santa Bárbara D’Oeste, interior de SP: o casal Roberto Mantovani Filho e Andréia Mantovani e o genro Alex Zanatta, além do filho do casal, Giovani Mantovani, que teria tentado conter os parentes.