Nenhuma mulher enfeitiçou tanto os homens, na década de 1970, como a atriz de Emannuelle
Nenhuma mulher atiçou tanto a imaginação dos homens, nos anos 1970, quanto a atriz holandesa Sylvia Kristel.
Aos 22 anos, em 1974, ela arrebatou o mundo masculino com um filme que se tornaria imediatamente um clássico do cinema erótico – Emanuelle. Em Sylvia Kristel, a combinação entre beleza angelical e despudor absoluto alcançou uma dimensão jamais igualada nem antes e nem depois. Emanuelle inventou o pornô chique como gênero.
O filme, passado na Tailândia, mostra a vida da mulher de um diplomata. Ela enfrenta o tédio tailandês com sexo contínuo.
Sylvia Kristel ganhou o papel com facilidade. O namorado lhe sugeriu que ela seguisse carreira no cinema, depois que ela venceu dois concursos de beleza e deslanchou como modelo.
Ela fez um teste com o diretor do filme, o francês Just Jaeckin. Na conversa, Jaeckin pediu a ela que ficasse nua. “Foi facílimo”, lembraria ela anos depois. Sylvia estava com um vestidinho leve, com alças finas. Empurrou-as para o lado e, inteiramente despida, continuou a conversa com naturalidade.
Ganhou o papel e, logo, ganhou o mundo. Nunca mais Sylvia Kristel faria nada remotamente parecido com Emmanuelle. Mas este único momento de grandeza foi tão marcante que assegurou a ela um lugar entre as deusas do cinema.
Sua vida pessoal oscilou, depois de Emannuelle, entre maus casamentos, bebidas e drogas.
Em 2000, foi diagnosticado um câncer na gargante e no pulmão. Lutou contra ele desde então, e morreu ontem no local para o qual se recolhera, o sul da França, onde tentou a vida de pintora.
A Emannuelle de Sylvia Kristel haverá de permanecer na memória de todos os homem que a viram em seu esplendor soberbo – entre eles o autor dessa linhas.