Para a surpresa de ninguém, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) se negou a declarar em quem votará nas eleições presidenciais deste ano. Em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, ela afirmou que ainda aguarda para ouvir as “propostas” dos candidatos.
“Todo mundo sabe qual é o meu lado. Todo mundo sabe que eu estarei do lado oposto ao do Bolsonaro, mas, talvez por ter a convivência com essa vida mais real, eu consigo fazer provocações do tipo. A eleição não chegou para as pessoas ainda, e eu não vi quais serão as propostas de vocês (petistas)”, disse a parlamentar.
“Eu preciso que vocês (petistas) me digam o que vão fazer na educação. Qual será a pauta econômica? O que vão fazer para unir o Brasil? Vamos fazer uma frente ampla? Quais conversas serão feitas para que pessoas sérias de centro direita e que são democratas estejam desse lado? É uma decisão de não entrar nessa coisa quando as pessoas não estão conversando com quem importa, com quem está na ponta”, acrescentou.
Ela ainda lembrou os ataques que sofreu, em setembro do ano passado, por parte do ator José de Abreu, filiado ao PT. A deputada alegou que nunca recebeu apoio nem solidariedade de ninguém do partido.
“Você tem uma figura pública que retuita uma mensagem dizendo que eu merecia ser socada. Não tem interpretação, é um crime isso, e ele está sendo processado por isso. Absolutamente ninguém do PT se pronunciou”, enfatizou.
Segundo Tabata, o machismo é “suprapartidário” e está presente na esquerda e na direita de forma proporcional: “Os partidos de esquerda, por terem um discurso contra o machismo, muitas vezes se escondem por trás desse discurso para não falar do machismo que acontece dentro deles. O caso do Zé de Abreu foi só mais um”.