Na segunda-feira (7), em jantar com empresários em São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) mostrou não saber muito bem o que significa ser de esquerda. Para ela, o Brasil precisa de uma “esquerda mais moderna” que siga as ideias do Partido Democrata dos EUA.
“Acho que o Brasil comporta e precisa de uma esquerda mais moderna, que não olhe para União Soviética, ou para a Venezuela, mas sim para Portugal, ou para a Espanha, ou ainda para o Partido Democrata, nos EUA”, declarou a deputada, em uma crítica ao PT.
Naquele dia, o partido da parlamentar havia fechado a filiação do ex-governador de SP Geraldo Alckmin. Ele será indicado como candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula. Ao lado do namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que havia se reunido com Alckmin horas antes, ela disse que vem “lutando bravamente” contra uma federação do PSB com o PT.
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Tabata critica PT, mas aprova chapa Lula-Alckmin
No evento, Amaral aproveitou para dizer o que pensa sobre a chapa Lula-Alckmin que está se formando para as eleições de outubro. Ela lamentou que o petista é a bola da vez, mas aprovou a aliança com o ex-governador. “Já que a gente vai ter o Lula, que seja com um vice como Geraldo Alckmin”, falou a deputada. Para Tabata, é necessário “estressar o máximo o programa que eles [petistas] querem colocar na rua”.
A parlamentar disse que discorda de “todos os posicionamentos que o PT vem tendo”. Reconheceu, no entanto, que não há espaço para uma “terceira via” nestas eleições. “Aí entra meu realismo otimista de achar que, tudo bem, se não vai ter terceira via, também não é por isso que vou me contentar com esse PT que está se apresentando”.
Ela fez coro com João Campos ao contar aos empresários, reunidos pelo grupo Esfera, que tentou viabilizar uma alternativa a Lula e Bolsonaro. Os nomes pensados por eles foram o apresentador Luciano Huck e a empresária Luiza Trajano.
O que termina primeiro?
— DCM ONLINE (@DCM_online) February 28, 2022