Tarcísio amplia tempo de aula, reduz carga de geografia e aumenta de português e matemática

Atualizado em 1 de novembro de 2024 às 12:35
Sala de aula da rede pública de São Paulo. Foto: Reprodução

O governo de São Paulo, comandado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai aumentar o tempo de cada aula em escolas estaduais de 45 para 50 minutos e ampliar a carga horária de língua portuguesa e matemática. Algumas outras disciplinas, como geografia, história e ciências, perderão espaço.

As mudanças nas grades curriculares da rede de ensino paulista entrarão em vigor em 2025. O aumento da carga horária de língua portuguesa e matemática ocorrerá no ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) e no ensino médio.

No fundamental, geografia e história serão reduzidas de 16 aulas semanais cada para 10, enquanto Ciências passará de 16 para 14. Geografia também sofrerá uma redução de 6 aulas semanais para 4 no ensino médio, enquanto educação física vai de 5 para 4.

O ensino fundamental ainda terá mais ajustes, aumentando o número de aulas de educação financeira de 4 aulas semanais para 6 e reduzindo as de tecnologia da informação (de 8 para 6 e saindo do currículo do 9º ano).

A principal redução do ensino médio ocorre nas aulas de projeto de vida, que atualmente tem 2 aulas semanais ao longo de três anos e passará a ter somente 1 por semana e apenas no 3º ano.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), o governador bolsonarista de São Paulo. Foto: Divulgação

O aumento do tempo de cada aula retoma o padrão adotado em outras escolas públicas e privadas no país na rede paulista. A redução de 5 minutos em cada aula foi feita pelo governo João Doria, em 2019.

Daniel Barros, coordenador pedagógico da Secretária da Educação do Estado de São Paulo, afirma que a redução nas aulas de geografia será compensada no ensino médio com a matéria de geopolítica aos alunos que optarem pelo itinerário de humanas.

“É um modelo com o qual concordamos, mais enxuto, concentrado nos conteúdos básicos”, afirmou Barros à Folha de S.Paulo. Ele ainda alega que os 5 minutos a menos atrapalham o andamento das aulas.

O governo Tarcísio já havia ampliado o espaço para Matemática e Português nas grades curriculares e promoveu uma redução de Artes, Filosofia e Sociologia.

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