O desempenho do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em relação ao cumprimento de suas promessas de campanha em 2022 foi de apenas 12%. Segundo um levantamento da Folha de S.Paulo, o bolsonarista ficou longe de concretizar as 124 propostas catalogadas.
Durante seu primeiro ano de mandato, Tarcísio cumpriu em média um compromisso a cada 30 dias, uma taxa inferior à hipotética média ideal de 12 dias para cumprir todas as iniciativas até o final do mandato, conforme anunciado durante a campanha eleitoral de 2022.
Os números revelam que das promessas, 44% estão em andamento, 19% estão paradas, e 26% seguem em ritmo lento. Uma análise que espelha um desafio significativo para o governador em termos de entrega de propostas.
Os maiores sucessos foram observados nas áreas de economia, com 5 propostas concluídas, e nas iniciativas voltadas para a digitalização do governo e para as mulheres, com 3 cada. Contudo, desafios persistentes são evidentes em setores cruciais como saúde e segurança, onde a maioria das promessas está em situação de parada.
Algumas das promessas executadas incluem o reajuste do salário mínimo estadual e a realização de uma reforma administrativa, que modificou a classificação de cargos comissionados. No entanto, compromissos voltados para a militância bolsonarista, como a retirada da obrigatoriedade de vacinas, não foram implementados.
A desestatização da Sabesp, embora tenha gerado controvérsias durante a campanha eleitoral, está em andamento, com a aprovação do projeto pela Assembleia paulista. O formato da venda da empresa agora está nas mãos de Tarcísio, que a oferecerá na Bolsa de Valores.
Outras propostas emblemáticas, como a transferência da sede do governo para os Campos Elíseos, estão em fase de planejamento, assim como a criação de abrigos regionais protegidos para mulheres vítimas de violência.
O governador enfrentou recuos em algumas decisões, como a retirada de câmeras dos uniformes dos policiais militares. Apesar de desistir oficialmente da ideia, a gestão enfraqueceu essa política pública ao descontinuar estudos sobre o impacto das câmeras no comportamento dos PMs e cortar o financiamento para novos equipamentos.
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