O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria utilizado a Operação Fim da Linha como uma estratégia de pressão para influenciar o presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), a acelerar a votação do projeto de privatização da Sabesp, de acordo com reportagem do Uol.
A operação, que ocorreu na madrugada de 9 de abril, resultou na prisão de dirigentes das empresas de ônibus Upbus e Transwolff, acusados de envolvimento com o PCC. O impacto dessa ação foi significativo, envolvendo um grande contingente de agentes, incluindo membros do MP-SP, integrantes da Receita Federal e efetivos da Polícia Militar.
No dia seguinte, Milton Leite foi citado pelo MP-SP como testemunha do caso, o que teria sido interpretado como uma espécie de “recado” do governo, pressionando-o a apoiar a privatização da Sabesp. Essa mudança de posicionamento por parte de Leite teria sido crucial para o avanço do projeto.
Essa pressão política levou Leite a acelerar a votação do projeto de privatização da estatal. A menção nominal de Milton Leite como testemunha teria colocado-o em uma posição delicada, deixando-o sem alternativa senão ceder às demandas do governo.
A súbita mudança de postura do político, que inicialmente se mostrava contrário à privatização, gerou especulações sobre os bastidores por trás da movimentação. Diversas fontes indicam que a Operação Fim da Linha teria sido o catalisador desse processo, provocando uma reviravolta nas discussões sobre a Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo.
“A sensação, na Câmara, é de desconforto com o projeto. Hoje, nós não temos votos para aprová-lo. E, no desconforto, eu não voto. O governo tentará acelerar a tramitação na Câmara, mas vai ter muita dificuldade, pois há resistência de vários lados”, afirmou fonte da reportagem.
No entanto, Milton Leite nega veementemente qualquer pressão por parte do governo. Segundo ele, o avanço do projeto de privatização foi resultado de um processo transparente e democrático de discussão e aprimoramento do texto. Apesar das controvérsias e da pressão política, a discussão sobre a privatização da Sabesp continua em curso.
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