Tarde de Flávio Dino: Haddad destroça bolsonaristas em audiência na Câmara; veja vídeos

Atualizado em 23 de maio de 2024 às 9:35
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (22), que foi marcada por um intenso debate entre o petista e alguns parlamentares bolsonaristas.

A audiência tinha como objetivo discutir a política econômica do país. No entanto, o debate acabou abrangendo temas além da economia, incluindo música, livros, cultura, vacinação, negacionismo e até mesmo terraplanismo.

Além da invertida no deputado Kim Kataguiri (União-SP), que tentou culpar o governo federal pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é de competência estadual, Haddad, em tarde de Flávio Dino, também rebateu o deputado Abilio Brunini (PL-MT).

Kim questionou se a gestão petista não deveria “cortar gastos antes de pensar em tributação”. Em resposta, o ministro afirmou que o parlamentar deveria criticar os governadores que cobram o imposto.

“O deputado Kim não sabe que o ICMS é um imposto estadual? O senhor sabe que é um imposto estadual. O senhor deveria estar criticando os governadores que estão cobrando, se o senhor é contra. Eu sou a favor do que eles fizeram e agradeci aqui”, apontou.

Após deixar claro que o parlamentar estava culpando o governo federal por um imposto estadual, Haddad ainda disse que Kim deveria ter “coragem” para criticar os chefes do Executivo estaduais que cobram o tributo: “O senhor vai criticar publicamente os governadores que o senhor apoia? Não. Não fará isso. Pega o microfone e fala mal do Tarcísio. Vamos lá. Coragem, deputado”.

Haddad também discutiu com Brunini (PL-MT) após ser chamado de “negacionista da economia”. O ministro disse que bolsonaristas não aceitam que a Terra é redonda.

Brunini não gostou do panorama da economia apresentado por Haddad aos parlamentares e questionou se o ministro seria um “negacionista da economia”. “Não acredita nos números? O senhor não queria estar no ministério da Fazenda e gostaria de estar no ministério da Fazenda tocando Black Bird?”, questionou o bolsonarista.

Em resposta, Haddad deixou claro que, ao contrário do deputado e seus aliados, sempre defendeu que “a Terra é redonda” e outros temas contestados por conspiracionistas, como a vacinação. “Essa é a prática do bolsonarismo: não ouvir, não querer saber o que está acontecendo. ‘Vacina? Sou contra’, não quer ouvir um cientista. Não aponta caminho, é só na desinformação, e você me chama de negacionista”, afirmou.

“Eu defendi a vacina o tempo todo. A Terra é redonda o tempo todo e vocês negam. Negam que a vacina previne, negam que deram calote em precatório, calote em governador e eu que sou negacionista?”.

Durante o debate, Haddad ainda foi chamado de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, pelo deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR), que virou piada na Câmara. Posteriormente, o petista também rebateu uma declaração do apoiador do ex-capitão.

“Então, ministro Paulo Guedes”, iniciou antes de se corrigir: “Ministro Fernando Haddad”. Com a gafe, outros parlamentares satirizaram o bolsonarista que se defendeu: “Poderia ser o Paulo Guedes, se fosse o Guedes estaríamos bem melhor”.

O argumento de Barros não impediu que os colegas de Congresso continuassem a dizer que ele teria uma “fixação pelo ex-ministro”.

Em outro momento, ao rebater o deputado Filipe, o petista afirmou que o déficit frequentemente atribuído pela extrema-direita ao governo do presidente Lula é na verdade uma herança do governo de Bolsonaro, que, segundo o ministro, deixou um “calote” de mais de R$ 130 bilhões:

“Se nós não estabelecermos a verdade, não vamos andar. É fácil, o senhor vai colocar o vídeo da sua fala nas redes sociais e vai parecer que o senhor ganhou um debate. O senhor perdeu o debate. Foi isso que aconteceu aqui”.

“Os dados que o senhor trouxe estão equivocados, nós pagamos o calote que foi dado aos governadores e aos credores do estado. Estou falando de mais de R$ 130 bilhões de calote que pagamos. O senhor vai botar na conta do presidente Lula?”, questionou. “Esse déficit não é nosso, o filho é teu, tem que assumir. Tem paternidade. Faz um exame de DNA que você vai saber quem deu o calote”

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