Taylor Swift finge que não, mas trata suas fãs como gado. Canta músicas sobre suas experiências pessoais, relacionamentos amorosos, desafios de saúde mental, e até um possível aborto e virou uma espécie de guru de milhões de adolescentes no mundo todo.
O marketing deu certo e ela virou a segunda cantora mais rica do showbiz explorando meninas que passam horas em filas e estão dispostas a morrer no altar do ídolo.
A verdade é que ela está pouco se lixando para elas. Que o diga Ana Clara Benevides, morta no Engenhão como um animal abatido sob tortura, sem água e sem comida.
Taylor emitiu uma nota protocolar escrita “à mão” — tudo pensado cuidadosamente para dar o ar de intimidade, já que se tratava de uma fonte do Instagram que imita esse tipo de caligrafia.
Mencionou sua incapacidade de discutir a perda no palco, citando um “profundo sentimento de luto”. Covardia pura. Medo de assumir a culpa e de tomar um processo.
Em 2018, Katy Perry, que disputa com Taylor o mesmo público, homenageou Marielle Franco no espetáculo na Praça da Apoteose, no Rio.
Uma foto da vereadora assassinada foi projetada em um telão e ela recebeu a irmã e a filha de Marielle no palco. Abraçou-as e pediu um momento de silêncio.
A família de Ana Clara fez uma vaquinha para pagar o traslado do corpo. Taylor Swift não desembolsou um centavo. Não se dignou nem sequer a ajudar a divulgar um número de conta.
Estamos falando de uma mulher com uma fortuna avaliada em US$ 740 milhões, investidos no mercado imobiliário, com mansões em Los Angeles, Nova York e outras cidades.
Taylor Swift é um robô bonito, cheiroso e anódino criado por uma indústria bilionária e cruel. Vendeu sua alma e suga o sangue de jovens desavisadas.
A boa notícia é que, como outras antes dela, vai desaparecer na esteira de uma obra artificialmente criada, até morrer esquecida numa jacuzzi, entupida de opiáceos.