Em entrevista ao Estadão, o CEO da Alvarez & Marsal Brasil, Marcelo Gomes, e o sócio-diretor da Alvarez & Marsal Administração Judicial, Eduardo Seixas, disseram que a companhia não tem problemas em passar informações ao TCU e que prestaram todas as informações solicitadas até o momento, mas que as informações sobre os trabalhos de Moro são privadas.
“A gente não tem nenhum problema com o TCU nos pedir informação, nos solicitar dados que a gente possa informar. Nós passamos todas as informações solicitadas até o momento. Se o TCU está certo ou tem autonomia pra fazer isso ou não, eu deixo isso para os advogados. Nós, como executivos, não temos receio de nada do que foi feito. A gente tem certeza da idoneidade da nossa companhia e de tudo que a gente fez. Então a gente vai fornecer as informações sem nenhum sentimento ruim em relação ao ministro ou qualquer outra pessoa do TCU”, afirmou Gomes.
No entanto, informações sobre os serviços de Moro prestados a consultoria são privadas aos Estados Unidos e serão resguardadas pela Alvarez & Marsal, segundo os executivos da empresa.
“Ele (ministro Bruno Dantas) não pode pedir nenhuma informação sobre um trabalho privado que o Moro executou pra uma companhia nos Estados Unidos. Quer dizer, ele pode, mas não vai receber, porque são informações privadas dos Estados Unidos e muitas delas nem eu tenho acesso. Então ele não vai receber”, disse Gomes. “Sobre qualquer contratação de empresa na qual o Moro trabalhou no exterior, isso ele não vai, com certeza, ter nenhum acesso, porque são empresas privadas e não vai ter motivo ter esse tipo de informação.”
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Moro questiona legitimidade da investigação
Sérgio Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal depois de sair do Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. O ex-juiz trabalhou na empresa entre 2020 e 2021. O Ministério Público e o Tribunal de Contas da União (TCU) acreditam que possa ter existido irregularidades no processo, já que a Alvarez & Marsal atendia a investigados da Lava Jato.
Moro tem criticado quase que diariamente o TCU pela investigação. Ao anunciar que abriria o salário, o ex-juiz negou ‘estar cedendo’ ao tribunal e disse que deseja ‘ser transparente’. Ele questionou também a legitimidade das apurações.
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