Em conversas com lideranças do seu partido, o MDB, a senadora Simone Tebet disse que irá aceitar assumir o Ministério do Planejamento. A confirmação ainda acontecerá em reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fontes do MDB afirmaram que a parlamentar nunca exigiu o Planejamento turbinado pelos bancos públicos. Para Tebet, a função do ministério, que vai abranger IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), era planejar as ações da administração direta e indireta.
A área de relações internacionais com bancos de desenvolvimento também estará sob a responsabilidade da senadora, que deve levar sugestões, por exemplo, para políticas habitacionais na Caixa e de fomento ao agronegócio, no Banco do Brasil.
A expectativa é de ter o controle do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) e a secretaria de coordenação das estatais. Isso também inclui os bancos, o que fortaleceria o planejamento de políticas públicas, além do IBGE e do Ipea.
O futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou durante entrevista nesta terça (27) sobre a decisão de Tebet.
“O presidente Lula considerou o Ministério do Planejamento pela importância que tem, o papel que tem de acompanhamento das ações do governo, de participar do comitê gestor de programas prioritários do governo que são coordenados pela Casa Civil, e considerou que a senadora Simone Tebet é um nome adequado para isso. Fez o convite e recebeu a sinalização positiva por parte dela”, afirmou Padilha.
A senadora foi terceira colocada nas eleições deste ano com quase 5 milhões, decidindo apoiar Lula no segundo turno e participou ativamente da campanha eleitoral. Aos 52 anos, ela já foi deputada estadual em MS, prefeita de Três Lagoas (MS) por duas vezes e vice-governadora.