O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta segunda-feira (21) que as investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), são conduzidas de forma técnica, séria e isenta pela Polícia Federal.
“Cabe a mim garantir ao povo brasileiro, especialmente à população de Minas Gerais, que a investigação é técnica, séria, isenta e está sendo bem conduzida. Bem conduzida no sentido de não haver interferência externa, nem no sentido de perseguições, nem no sentido de haver proteções”, afirmou Dino.
A declaração ocorreu em Belo Horizonte, durante evento para o anúncio de recursos na área da segurança pública de Minas Gerais.
O ministro havia sido questionado sobre a possibilidade de o ex-presidente ser preso em razão do escândalo envolvendo a venda de joias no exterior e das tentativas de corromper as urnas eletrônicas, segundo depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPI que apura os atos golpistas do 8 de janeiro.
Ao responder, Dino citou as três investigações em que o ex-presidente é citado: a das joias recebidas por ele durante o mandato, dos atos de 8 de janeiro e sobre suposta fraude no cartão de vacinação para entrar nos Estados Unidos no ano passado.
O ministro ainda admitiu que existe a possibilidade de o passaporte do ex-presidente ser apreendido, mas afirmou que, por enquanto, essa solicitação não foi feita à justiça.
“Nós temos investigações em andamento, múltiplas, em que ele [Bolsonaro] é citado. Claro que a PF até esse momento não fez esse pedido, porque as apurações estão em andamento. Não cabe a mim antecipar o que vai acontecer até o fim de uma investigação”, declarou Dino.
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