Michel Temer e Sérgio Moro precisam contar para os brasileiros se andam frequentando os mesmos restaurantes.
Temer conseguiu levar ministros e embaixadores a uma churrascaria em Brasília para demonstrar sua confiança no produto nacional após a Operação Carne Fraca.
Eis que a Coluna do Estadão descobre que a Steak Bull não serve produto nacional.
Foi o que a repórter Andreza Matais revelou ao falar com o gerente: “Eu trabalhei dez anos no Porcão, dois anos no Fogo de Chão. A gente não trabalha com marcas nacionais, mesmo porque a qualidade delas caiu há três anos, é só marketing mesmo”, disse o homem.
O corte ali é uruguaio, australiano e europeu.
A ideia teria partido do senador Cidinho Santos, do PP-MT, suplente de Blairo Maggi. O preço é de 119 reais por cabeça. Nenhum diplomata mudou de opinião. Quem pagou a conta? Adivinhe.
Michel é garantia de fortes emoções. Não passa dia sem que não cometa algum desatino ou uma imbecilidade proporcional ao golpe. É o Didi Mocó do Jaburu.
Alguém já perguntou onde estão seus assessores e por que não falam nada. Ora. Estão com ele e são feitos do mesmo material. É tudo normal.
No domingo do rango, Temer estava na sintonia astral de Moro, que lançava um vídeo agradecendo pelo carinho com a Lava Jato.
É inacreditável. Moro não é político e suas decisões não são, ou não deveriam ser, pautadas pela opinião pública. Isso é qualquer coisa, menos justiça.
A gravação foi feita em Maringá, sua cidade natal, e nela o juiz elogia a conta de Facebook criada por sua mulher, Rosângela, chamada “Eu Moro com Ele” (sacou? sacou?).
As mensagens encaminhadas à página, diz ele, incentivaram o as investigações.
“Ajudou em um momento muito tenso que nós atravessávamos, pois contávamos com o apoio da grande maioria, ou talvez da totalidade, da população para esses trabalhos”, conta.
Quase totalidade?? Onde??
Leandro Karnal precisa marcar um jantar urgente num rodízio com essas duas figuras históricas.