Michel Temer entregou os anéis, os dedos e mais alguma coisa na greve dos caminhoneiros.
Cedeu em tudo.
Seu pronunciamento no domingo à noite foi mais um capítulo de rendição, vagabundagem e vergonha alheia num governo que, em dois anos, se autodestruiu como nunca antes na história desse país.
Subjugado, Temer alegou que queria “sensibilizar” os grevistas.
Não houve planejamento, não houve negociação séria, nada.
O sujeito que decretou o uso das forças armadas acabou anunciando a redução em R$ 0,46 o litro do diesel por 60 dias.
O ministro Marun estima que o atendimento às reivindicações custará em torno de R$ 10 bilhões. Você vai pagar.
Pedro Parente continua, mas no papel de zumbi, como o chefe. Um prego a mais no caixão.
É um bando corrupto e incompetente que se arrasta e leva junto o país. Os caminhoneiros não têm razão para continuar parados.
Outras categorias, no entanto, viram como é fácil sodomizar essa quadrilha.
Por que Temer não renuncia? Uma das razões é para não ser preso agora.
A outra ficou patente hoje: ele é pequeno demais para isso.
Esse gesto demanda uma certa grandeza que Michel — o “político hábil” vendido pela mídia, vamos lembrar — nunca teve.
Um anão moral atropelado, que ainda vai dar muita tristeza ao povo brasileiro com o que restou dele e de seu mandato.