O partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, está tomando todos os cuidados contra os bolsonaristas nos atos que terão a presença de Lula e do vice-presidente eleito e chefe da transição de governo, Geraldo Alckmin (PSB).
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal se reuniu nesta quinta-feira (24) com a equipe do petista para debater sobre o policiamento na posse, no dia 1º de janeiro de 2023.
As discussões percorreram em torno da estimativa de que aproximadamente 150 mil pessoas deverão ir à Esplanada dos Ministérios, no Eixo Monumental, avenida central no desenho da cidade de Brasília, para ver o novo presidente desfilar em carro aberto.
Além da posse, que estará sob os cuidados da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e da Polícia Federal (PF), os petistas estão preocupados com o que poderá acontecer durante a diplomação da chapa vencedora das eleições, que deverá ocorrer no dia 19 de dezembro.
O ex-ministro da Secretaria-Geral Gilberto Carvalho (PT), responsável pela organização da posse e também dos cuidados que envolvem Lula e Alckmin, está convocando a militância do partido para comparecer aos arredores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o local onde os dois serão diplomados.
“Temos que cercar o TSE contra muita gente que vai querer nos perturbar. A partir de agora, é outro padrão de comportamento, que temos de enfrentar”, informou Carvalho, falando sobre o eventual tumulto que poderá ser provocado por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições.
Segundo o colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, petistas e integrantes de movimentos sociais estão se preparando para fazer um “cinturão” no TSE e evitar qualquer eventual “algazarra” que possam ser provocadas por bolsonaristas golpistas que estão acampados em Brasilia (DF).