O coronel Bernardo Romão Correa Neto, alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a Brasília proveniente dos Estados Unidos no início da madrugada deste domingo (11).
Ao desembarcar, foi recebido pela Polícia Federal, que conduziu os procedimentos necessários para a execução da prisão e realizou uma busca pessoal, resultando na apreensão de três passaportes (um deles diplomático) e um celular.
Posteriormente, o militar foi entregue à Polícia do Exército para ficar sob custódia institucional. Correa Neto está sob investigação da Polícia Federal por suposto envolvimento em crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito.
O coronel, junto com outros três investigados na Operação Tempus Veritatis, teve sua prisão preventiva decretada na última quinta-feira (8), mas não foi detido na ocasião devido a compromissos profissionais nos Estados Unidos. A PF havia solicitado que o oficial se apresentasse no Brasil.
Correa Neto, ex-instrutor de cavalaria na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), é considerado um oficial bem-visto pela tropa. A prisão foi fundamentada na possibilidade de interferência nas investigações e no fato de estar em missão nos Estados Unidos, com previsão de retorno apenas em 2025.
O pedido de prisão, elaborado pela PF e concordado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), baseou-se em diálogos entre Mauro Cid e Correa Neto, indicando que o coronel intermediou uma reunião em Brasília, onde oficiais formados no curso de forças especiais seriam selecionados para a consumação do golpe de Estado.
Correa Neto, descrito como homem de confiança de Mauro Cid, executava tarefas fora do Palácio da Alvorada que o então Ajudante de Ordens da Presidência da República não conseguiria desempenhar, conforme a PGR.
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link