Tentativa de livrar Bolsonaro do caso das joias é “fantasiosa” e “hilária”, dizem agentes da PF

Atualizado em 16 de agosto de 2023 às 13:02
Jair Bolsonaro e o advogado Frederick Wassef. Foto: Reprodução

Agentes da Polícia Federal classificam a versão do advogado Frederick Wassef sobre a recompra do relógio Rolex nos Estados Unidos como “fantasiosa” e “hilária”. Ele admitiu ter recuperado o item após sua venda por aliados de Jair Bolsonaro, mas tentou isentar o ex-presidente de responsabilidade no caso. A informação é do Blog do Valdo Cruz no g1.

Segundo investigadores, o advogado apresentou a versão mesmo após a corporação já ter provas de que Bolsonaro participou do caso. Wassef disse ter usado seu próprio dinheiro, alegou que não seguia ordens do ex-presidente ou de seu ajudante de ordens, Mauro Cid, e ainda relatou ter devolvido o relógio à União.

Para agentes da PF, no entanto, ele terá que dizer quem ordenou a negociação, assim como teve que admitir que recomprou o item diante das provas já coletadas pela corporação. Investigadores avaliam que será possível descobrir o caminho do dinheiro usado na recompra com a colaboração do FBI (Federal Bureau of Investigation).

Após a admissão de Wassef, policiais federais dizem que sua versão “não cola” e que a operação tinha o objetivo de não deixar rastros, já que fez a compra em dinheiro, sacando os valores de sua própria conta em Miami, nos Estados Unidos.

A PF quer sua quebra de sigilo bancário no Brasil e nos Estados Unidos. Sua condenação é vista como provável por membros da corporação e do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigadores apontam que há indícios de trânsito de dinheiro de forma ilegal no Brasil e no exterior, e indicam que toda a operação seria para beneficiar Bolsonaro.

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