O terrorista George Washington de Oliveira Sousa, preso após plantar uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília, afirmou em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), neste domingo (25), que a sua intenção era “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”. Ele afirmou, também, que planejou o ataque com outros manifestantes que estão em frente ao Quartel General (QG) do Exército, na capital federal.
O criminoso revelou que o plano era a instalação de explosivos em pelo menos dois locais de Brasília. Além das imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, o bando queria, também, instalar os artefatos em postes de energia próximos a uma subestação de distribuição em Taguatinga, cidade do Distrito Federal.
“Uma mulher desconhecida sugeriu aos manifestantes do QG que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio”, disse George Sousa. Ele tem 54 anos, é empresário no Pará, e estava em Brasília participando do acampamento bolsonarista que não aceita o resultado das eleições.
O terrorista bolsonarista disse à Polícia Civil do DF que no dia da prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, 12 de dezembro, teria conversado com PMs e bombeiros acionados para conter os manifestantes. Naquele momento, ele teria avaliado que os agentes da segurança pública estavam ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e que em breve as Forças Armadas fariam uma intervenção. “Porém, ultrapassado quase um mês, nada aconteceu e então eu resolvei elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo no Brasil”, disse George Sousa.