O empresário George Washington de Oliveira Sousa, preso após tentar explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília no sábado (24), afirmou à Polícia Civil da capital federal que as “palavras” do presidente Jair Bolsonaro (PL) o encorajaram a adquirir o arsenal de armas.
Em sua versão, à qual a Folha de S.Paulo teve acesso, o bolsonarista faz referência ao discurso armamentista do chefe do Executivo. “O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: ‘Um povo armado jamais será escravizado'”, disse o criminso que afirmou ser um “apaixonado” por armas desde a juventude.
O golpista disse que desde outubro de 2021, quando obteve a licença como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, já teria gastado cerca de R$ 160 mil na compra de pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.
Sousa afirmou em depoimento que planejou junto com manifestantes do Quartel-General no Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”.
O empresário planejava explodir um caminhão-tanque carregado com querosene.