O advogado de Jean Carlos, um dos brasileiros presos por suposto envolvimento com o grupo islâmico Hezbollah, contou que seu cliente, além de não saber falar árabe, sequer sabia o que era essa organização. José Timóteo conta que se surpreendeu com o desconhecimento de Jean acerca do grupo.
De acordo com informações, o principal investigado da PF tem o nome de Mohhamad Akhir e é apontado como “integrante, de fato”, do grupo Hezbollah. Jean mantinha negócios com o homem, viajando com ele para realizar vendas de café, açúcar e ouro, sem entender o idioma árabe e sem residir em São Paulo, onde Akhir vive.
Neste contexto, o advogado defende que Jean estava trabalhando como intermediário em negócios. Porém, as autoridades suspeitam de cooptação de brasileiros pelo grupo. As defesas ainda não tiveram acesso às provas usadas pela PF para embasar as prisões e buscas.
Jean foi abordado por agentes da PF enquanto estava próximo a uma lanchonete, tendo deixado suas malas em um hotel no Centro de São Paulo. Os policiais o informaram que estava sob prisão, mas permitiram que ele voltasse ao hotel para recuperar suas malas antes de ser levado para a delegacia.
O acusado foi encarcerado por 30 dias. Durante a audiência de custódia ele afirmou sua inocência, informando sobre a sua ocupação e seus constantes encontros com a Polícia Federal por verificações de bagagens em busca de drogas.
Jean também voluntariamente compartilhou a senha do seu celular, alegando cooperação total com as autoridades para esclarecer qualquer dúvida.