Todos os golpes de Eduardo Bolsonaro, o pé frio de extrema direita. Por Moisés Mendes

Atualizado em 7 de janeiro de 2021 às 0:35

Publicado originalmente no site do autor

Por Moisés Mendes

Trump colocou mais um golpe fracassado na conta de Eduardo Bolsonaro, que já pode pedir música da Elba Ramalho no Fantástico.

Lembremos que Dudu viajou para Roraima, em abril de 2019, na véspera da tentativa de golpe de Juan Guaidó contra Maduro.

Guaidó fracassou, pagou um mico Internacional e foi condenado ao ostracismo.

Dudu foi para a fronteira por achar que a partir daquele dia, se desse certo, seria visto como novo líder jovem da direita no mundo.

Ele estaria ao lado de Guaidó para oferecer, em nome do pai e dos militares brasileiros, a retaguarda do Brasil aos golpistas da Venezuela.

Ser líder internacional era o seu grande projeto, que Trump incentivava de longe como padrinho.

Antes, em julho de 2018, Dudu já havia sido o primeiro a incitar um golpe que fecharia o Supremo com um soldado e um cabo, sem a necessidade de um jipe.

Bolsonaro blefou durante meses com a ideia de golpe, incitando os malucos de Sara Winter. Mas o blefe, apoiado por alguns generais que chegaram a ir às aglomerações, acabou sendo mais um mico da família.

E agora Dudu viajou, apenas por acaso, para os Estados Unidos e esteve com Trump às vésperas da tentativa de golpe de hoje com a invasão do Capitólio.

Dudu é o pé-frio da extrema direita. Todos os golpes fracassados em que ele esteve por perto são apenas parte da conta pelo golpe contra Dilma em agosto de 2016.

Mas a conta toda daquele golpe e de suas consequências ainda precisa ser paga. É uma conta política pesada. A democracia e o Brasil não-fascista terão paciência.