Toffoli alerta presidente do TSE sobre Pablo Marçal; entenda

Atualizado em 2 de setembro de 2024 às 20:41
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) falando e apontando, sério
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Reprodução

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tem registrado um crescimento expressivo nas intenções de voto, especialmente entre os eleitores da ala mais radical do bolsonarismo. Nas últimas semanas, o ex-coach se tornou uma figura central nas discussões políticas em eventos sociais da elite empresarial paulistana.

Durante um encontro no Ibirapuera, no final de agosto, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) e juiz substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comentou sobre o avanço do político em uma conversa com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia.

Segundo relatos divulgados pela coluna de Roseann Kennedy no Estadão, o magistrado alertou sobre o risco de Marçal ganhar força política suficiente para uma eventual candidatura presidencial em 2026, caso sua candidatura à prefeitura seja cassada agora. Esse cenário é comparado ao de Jair Bolsonaro (PL), que se consolidou como um líder político ao adotar um discurso antissistema nas eleições de 2018.

Nos bastidores do TSE, o crescimento do ex-coach tem gerado discussões intensas, mas a postura da Corte Eleitoral permanece firme: não cederá a pressões políticas. Interlocutores afirmam que o tribunal manterá a mesma imparcialidade demonstrada no caso Bolsonaro, resistindo a qualquer tentativa de influência externa.

O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, falando em microfone e gesticulando, em pé, de roupa escura
O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal – Reprodução

Atualmente, Pablo Marçal enfrenta uma ação do Ministério Público Eleitoral de São Paulo por suspeita de abuso de poder econômico durante a pré-campanha. Além disso, foi solicitada a quebra de sigilo fiscal e bancário de suas empresas.

Caso seja condenado, o candidato à Prefeitura de São Paulo pode ser declarado inelegível por oito anos. A ação baseia-se em uma denúncia de suposto impulsionamento ilegal de sua campanha nas redes sociais, prática proibida pela legislação eleitoral.

Além disso, a campanha de Tabata Amaral (PSB) apresentou outra denúncia que resultou na suspensão dos perfis de Marçal nas redes sociais, devido a indícios de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder econômico. A acusação aponta que ele teria pago usuários para criar e divulgar conteúdos favoráveis à sua candidatura.