O perfil é sempre o mesmo, lá como cá.
O torcedor do Manchester City no centro de mais um caso de racismo no futebol é um veterano do Exército de 41 anos.
Anthony Burke imitou um macaco para o meio-campo do United, o brasileiro Fred, no jogo de sábado.
Cidadão de bem, pai de família, ele serviu na Irlanda do Norte com o regimento de Cheshire, segundo seu Facebook, e é gerente de engenharia civil.
Foi preso na manhã de domingo.
“Estou realmente surpresa. É incrível como você pode se tornar famoso pela coisa errada”, disse sua mulher.
“O clube adota uma política de tolerância zero em relação a qualquer tipo de discriminação, e qualquer pessoa considerada culpada de abuso racial será banida por toda a vida”, afirmou o City em nota.
Fred foi atingido por garrafas de plástico e outros objetos jogados pela torcida adversária quando foi bater um escanteio.
“Os caras me mostraram [o vídeo]. Eu tento não me importar com isso. Eu tento olhar para o futuro. Infelizmente, isso está acontecendo em alguns estádios. Aconteceu aqui, aconteceu na Ucrânia com alguns amigos. É triste, mas temos que manter a cabeça erguida e esquecer isso”, falou.
Em outubro, atletas da Inglaterra ouviram cânticos racistas e saudações nazistas em uma eliminatória da Euro 2020 contra a Bulgária.
O premiê Boris Johnson, com sua cabeleira eternamente desalinhada, é reflexo e estímulo dessa estupidez.
Recentemente, declarou numa coletiva o povo no Reino Unido “está longe de ser igual em capacidade bruta” e em “valor espiritual”.
“Alguma medida de desigualdade é essencial”.
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