Segundo o comunicado emitido pela Defesa Civil estadual no domingo à noite, o número de fatalidades decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul atingiu 145, enquanto 132 indivíduos permanecem desaparecidos.
A quantidade de desabrigados ultrapassa meio milhão, totalizando 538.743 pessoas afetadas. O total de impactados diretamente pelas inundações ou deslizamentos de terra chega a 2,1 milhões, com mais de 81 mil buscando refúgio em abrigos estaduais.
Em toda a extensão do Rio Grande do Sul, 447 municípios enfrentam os efeitos devastadores das chuvas intensas, o que equivale a nove em cada dez cidades do estado sofrendo com enchentes e alagamentos.
As previsões para o domingo indicam precipitações significativas, aumentando a pressão sobre os níveis dos principais rios do estado. As elevações mais rápidas estão ocorrendo nas bacias dos rios Caí e Taquari, ambos já ultrapassando o limite de inundação. Durante a semana, as temperaturas devem declinar.
O nível do rio Guaíba também está em ascensão, com expectativa de ultrapassar os 5 metros, conforme relato da Defesa Civil. Um boletim do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul prevê que o Guaíba possa atingir um novo recorde entre segunda e terça-feira, alcançando 5,5 metros.
De acordo com a Climatempo, mesmo com metade do mês ainda por vir, Porto Alegre já registra maio com o maior volume de chuvas em pelo menos 63 anos. A análise baseia-se em dados do Instituto Nacional de Meteorologia, mostrando um acumulado de 305,6 mm desde o início do mês até o domingo, quase triplicando a média mensal de aproximadamente 113 mm.
As previsões indicam uma queda nas temperaturas nos próximos dias, com mínimas em Porto Alegre chegando a 8°C durante a madrugada de quarta-feira, 15 de maio, e máximas não ultrapassando os 15°C. Existe a possibilidade de um novo recorde de baixas temperaturas nesse dia.