Três governadores mais que dobraram salários desde 2022; veja quem são

Atualizado em 3 de junho de 2024 às 7:15
Romeu Zema e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Três governadores aprovaram aumentos de mais de 100% em seus próprios salários desde 2022, conforme dados das Assembleias Legislativas estaduais e portais de transparência.

O governador mineiro Romeu Zema (Novo) sancionou um aumento de 278% em maio passado, e a questão foi judicializada. Em dezembro, o STF rejeitou um pedido para reverter o aumento, elevando o subsídio mensal do bolsonarista de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil.

Carlos Brandão (PSB), governador do Maranhão, aprovou um aumento de 107% neste mês. A partir de junho, seu rendimento mensal passará de R$ 15.915 para R$ 33.006,39. O governo maranhense justificou o aumento afirmando que Brandão recebia o menor salário entre os governadores do Brasil e não tinha reajuste desde 2014.

Carlos Brandão (PSB) toma posse em segundo mandato como governador do Maranhão | Política | Valor Econômico
Carlos Brandão (PSB). Foto: reprodução

Já Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco, sancionou um aumento de 129%. Em dezembro de 2022, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou o aumento do salário do governador de R$ 9,6 mil para R$ 22 mil. No entanto, Lyra opta por receber R$ 42.145 mensais como procuradora do estado, cargo que ocupava antes de entrar para a política.

Raquel Lyra é alvo do PSD e do Podemos
Raquel Lyra (PSDB). Foto: reprodução

Vale destacar que Lyra possui o maior salário entre os governadores brasileiros e é a que mais se destaca na comparação com a renda média do estado.

O salário da parlamentar é quase 38 vezes maior do que a renda per capita média dos pernambucanos em 2023, que é de R$ 1.113, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Confira o ranking no país:

  • Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) – R$ 42.145,88
  • Sergipe – Fábio Mitidieri (PSD) – R$ 41.650,92
  • Acre – Gladson Cameli (PP) – R$ 40.137,69
  • Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) – R$ 39.717,69
  • Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) – R$ 35.462,27
  • Rondônia – Marcos Rocha (União) – R$ 35.462,22
  • Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) – R$ 35.462,22
  • Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) – R$ 35.462,22
  • Pará – Helder Barbalho (MDB) – R$ 35.363,55
  • São Paulo – Tarcisio de Freitas (Republicanos) – R$ 34.572,89
  • Roraima – Antonio Denarium (PP) – R$ 34.299,00
  • Amazonas – Wilson Lima (União) – R$ 34.070,00
  • Piauí – Rafael Fonteles (PT) – R$ 33.806,39
  • Paraná – Ratinho Junior (PSD) – R$ 33.763,00
  • Maranhão – Carlos Brandão (PSB) – R$ 33.006,39
  • Amapá – Clecio Luis (Solidariedade) – R$ 33.000,00
  • Paraíba – João Azevedo (PSB) – R$ 32.434,82
  • Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) – R$ 30.971,84
  • Mato Grosso – Mauro Mendes (União) – R$ 30.862,79
  • Distrito Federal (Brasília) – Ibaneis Rocha (MDB) – R$ 29.951,94
  • Alagoas – Paulo Dantas (MDB) – R$ 29.365,63
  • Goiás – Ronaldo Caiado (União) – R$ 29.234,38
  • Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos) – R$ 28.070,00
  • Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) – R$ 25.322,25
  • Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) – R$ 21.914,76
  • Rio de Janeiro – Claudio Castro (PL) – R$ 21.868,14
  • Ceará – Elmano de Freitas (PT) – R$ 20.629,59
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