Na manifestação na Avenida Paulista deste sábado (7/9), um trio elétrico separado reuniu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e até Allan dos Santos, que se encontra foragido nos Estados Unidos e participou por telefone. Este grupo estava posicionado distante do principal, onde estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia.
Zambelli e do Val têm relações tensas com o clã Bolsonaro. Zambelli se afastou do grupo bolsonarista devido a divergências recentes, e do Val já havia enfrentado problemas de relacionamento com Bolsonaro, tendo sido barrado no trio do evento de 25 de fevereiro.
Os discursos no trio dos excluídos foram marcados por pedidos inflamados de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Zambelli, visivelmente engajada na causa, usava uma camiseta com a frase: “Fora, Moraes”. Seu posicionamento refletiu a pauta principal do grupo, que é a oposição ao ministro do STF.
Marcos do Val, que está sendo investigado pelo STF por tentativa de golpe, aproveitou seu discurso para afirmar que espera a prisão de Moraes. Ele declarou: “Podem gravar o que estou falando. Em dois anos, Alexandre de Moraes estará preso”, e sugeriu que o ministro poderia ser enviado para Guantánamo, o destino prisional de terroristas.
Além disso, do Val alegou ter acessado documentos que comprovam supostas ilegalidades de Moraes na condução de inquéritos, embora não tenha apresentado provas concretas. Segundo ele, muitos podem achar suas declarações desordenadas, mas ele insistiu que possui evidências que seriam surpreendentes.
O desembargador aposentado Sebastião Coelho também se manifestou do trio, acusando Moraes de diversos crimes. Coelho afirmou que, se o Senado Federal não colocar o pedido de impeachment em tramitação, o Brasil deveria parar para exigir a ação, reforçando a pressão política sobre o STF.