O TSE tem elementos suficientes para tirar o presidente Bolsonaro das eleições de 2022. Mas para não causar crise entre os poderes, a Corte Eleitoral não tomará nenhuma decisão precipitada. Só que interlocutores informaram o chefe do executivo para ele se comportar. Ou ficará inelegível.
Segundo apurou o DCM, o ministro Barroso está muito irritado com tudo que aconteceu nos dias 6 e 7 de setembro. Ele considerou inadmissível que um chefe de estado se comportasse como militante. E também golpista. E tinha o sentimento de freá-lo a qualquer custo.
Mas a carta divulgada por Bolsonaro o fez mudar de planos. Se antes jogaria pesado, tendo apoio dos aliados, agora terá calma. Retirar o presidente do jogo em 2022 pode significar o rompimento dos poderes. E aí inflamar os bolsonaristas para uma tentativa de golpe.
Barroso e os ministros sabem que não há chance neste momento. As Forças Armadas não têm intenção. E a popularidade do presidente atualmente é baixa. Tanto que o TSE não acredita na vitória dele, por isso vai deixá-lo concorrer.
A candidatura só deve ser barrada se o chefe do executivo federal voltar a radicalizar. Nos últimos dias, ele não tem falado mal dos magistrados. O foco dele tem sido vacinação, governadores e Rede Globo.
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TSE enviou recado para Bolsonaro
E assim que o TSE quer ver Bolsonaro: não atacando o Judiciário. Se ele voltar a ir para cima dos ministros, não terá conversa: ele ficará inelegível. E todos entendem que o presidente tem medo de ficar fora das eleições.
O Tribunal Superior Eleitoral tem elementos suficientes para barrá-lo. E o governante não quer pagar para ver. Pelo menos não agora.