De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, quase US$ 120 bilhões em entrega de armas e ajuda financeira foram destinados pelos governos ocidentais para Kiev às vésperas da guerra na Ucrânia completar um ano.
O volume é três vezes maior que as estimativas que a ONU faz sobre os recursos necessários para lidar com a fome no mundo a cada ano, equivalente a US$ 40 bilhões por ano até 2030.
Segundo Jamil Chade, do UOL, diplomatas afirmaram que a pressão colocada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por armas, foi em parte atendida pelas capitais das potências ocidentais. Já mediadores alertaram que a dimensão do envolvimento de americanos e europeus na guerra é inédita num confronto contra os russos, desde o final da Guerra Fria.
Ainda de acordo com esses diplomatas, o erro do presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode ter sido o de apostar que a aliança ocidental não duraria ou que o apoio para a Ucrânia encontraria resistência dentro das sociedades ocidentais.
Além disso, capitais europeias e a Casa Branca intensificaram a busca por novos aliados, uma vez que cálculos militares apontaram que a guerra poderá ser ainda mais violenta neste segundo ano. Olaf Scholz, chanceler alemão, tentou buscar na América do Sul fornecedores, como no caso do Brasil. No entanto, ele não obteve resultado. Governos da região recusaram se envolver na guerra.