A ultradireita foi a vencedora da eleição para o conselho que discutirá a nova Constituição do Chile. O novo conselho contará com 50 pessoas e será responsável por redigir a nova Carta Magna. O país foi às urnas neste domingo (7) depois de ter rejeitado uma primeira versão do texto em setembro do ano passado. Com informações da Folha de S.Paulo.
Com quase 100% das mesas apuradas, o Partido Republicano, liderado pelo conservador José Antonio Kast, conseguiu o maior número de representantes (22 dos 50 conselheiros).
Em segundo lugar, veio o grupo de esquerda Unidade pelo Chile (17 vagas), liderado pelo presidente chileno Gabriel Boric. Na sequência, apareceu o Chile Seguro, da direita tradicional (11 vagas).
A direita terminou com a maioria absoluta de 33 cadeiras, mais do que as 31 necessárias para aprovar mudanças. Por outro lado, a esquerda não conseguiu as 20 que precisaria para vetar eventuais medidas com as quais não concorde.
Sendo assim, a direita irá traçar os rumos da nova Carta Magna sem a necessidade de concordar com a esquerda. Esse foi considerado um resultado histórico no Chile, que nunca viu uma vitória desse lado do espectro político em eleições parecidas com essa, como as legislativas.
Os conselheiros eleitos começarão a redigir o novo texto em junho, com base em um pré-projeto compilado por 24 especialistas constitucionais nomeados pelo Congresso em março. Os eleitores aprovarão ou rejeitarão a nova proposta ainda neste ano, em dezembro.