Um mês após os ataques terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, nada “respingou” contra integrantes das Forças Armadas, que continuam sendo poupados de investigações.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, parte das investigações em andamento avalia que um dos pontos que facilitaram os ataques do dia 8 de janeiro foi a manutenção do acampamento golpista em frente ao QG do Exército de Brasília.
Vale destacar que o Exército suspendeu ao menos duas operações conjuntas com o Governo do Distrito Federal para retirar tendas do acampamento bolsonarista. No dia das invasões, as Forças Armadas ainda impediram a entrada da Polícia Militar (PM) para prender os golpistas.
No entanto, nenhum militar, até o momento, está entre os 653 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ou na lista dos 20 presos e alvos dos 37 mandados de busca e apreensão da operação Lesa Pátria, que tem como objetivo investigar todos os envolvidos nos ataques terroristas.
Integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica também não constam na lista de 134 pessoas na mira do bloqueio de R$ 20,7 milhões solicitado pela AGU (Advocacia-Geral da União). Os militares só aparecem nas oito apurações preliminares abertas na esfera militar, conduzidas pelo Ministério Público Militar (MPM).