Um mês depois, nenhum manezão na cadeia. Por Moisés Mendes

Atualizado em 8 de fevereiro de 2023 às 16:36
Atos terroristas em Brasília em 8 de janeiro. (Foto: Sergio Lima)

São muitas as abordagens possíveis ao completar-se um mês das ações terroristas de 8 de janeiro. Tem gente se queixando de que as investigações ainda não pegaram os militares.

Prefiro abordar o fato de que temos fascistas amadores e profissionais na Papuda, mas os fascistões ricos que os financiaram ainda estão impunes.

No balanço dos terroristas presos, feito hoje pelo Globo, a primeira figura apresentada é ela mesma, Fátima de Tubarão.

Depois, são citados um jogador de tênis, um comerciante de Goiás, a ex-primeira dama da Paraíba, o cara que quebrou o relógio de João VI, um ex-BBB e outros anônimos. Todos criminosos sem importância.

Anderson Torres é o único grandão. Mas em algum momento a lista terá de ter os manezões enquadrados e levados para as mesmas cadeias onde estão os manezinhos.

Manezões ‘arrependidos’, que tentam agora salvar a pele, devem dividir cela com os manés que foram por eles abandonados. A prisão de manezinhos não terá nenhum sentido sem a prisão dos manezões.

É claro que tem ainda a impunidade dos militares. Mas, no jogo de xadrez para pegar civis e fardados, esses podem ficar por último.

Não há pressa, desde que finalmente sejam pegos, no momento político certo, porque política e Justiça só não têm conexões na cabeça dos muito ingênuos.

É hora de exaltar, mais uma vez, a bravura do ministro Alexandre de Moraes. Se o Brasil tivesse mais cinco Moraes, tudo já estaria resolvido ou pelo menos bem encaminhado.

Texto publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

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