Tente acompanhar. Eduardo Leite vai para o segundo turno na eleição de 2018 como bolsonarista cada vez mais juramentado e se elege bolsonarista, como aliado assumido da extrema direita.
Monta um governo com bolsonaristas de gente do rancho queimado e de ranchos vizinhos. Mas logo abandona Bolsonaro, mesmo que continue aceitando remessas de cloroquina de Brasília para a rede pública de saúde.
Participa das prévias do PSDB para escolher o candidato a presidente, é derrotado por João Doria e assume o compromisso de fazer campanha para o governador paulista.
Poucos meses depois, aciona Aécio Neves para que o sujeito lidere, .com o apoio de caciques tucanos, uma tentativa de golpe contra a candidatura de Doria.
O plano não dá certo e Leite faz um movimento em direção ao PSD de Kassab. Chega a anunciar, fazendo volteios, que vai se filiar ao PSD para ser o candidato da terceira via.
Não sai dos 3% nas pesquisas, é rejeitado por Kassab e volta-se para a disputa interna no PSDB, sempre ao lado de Aécio. Anuncia publicamente que tentará tirar a candidatura de Doria na convenção do partido, porque a convenção está acima das prévias
Percebe que o golpe não tem apoio suficiente, faz uma trégua com Doria, passa a ocupar espaços da propaganda do partido na TV e ganha vitrine para ser o que ninguém sabe que será.
Manda recados a jornalistas amigos gaúchos e de fora do Estado avisando que pode concorrer à reeleição no Rio Grande do Sul. Mas a repercussão é péssima, e acontece novo recuo.
NA sua fala mais recente, em podcast de Zero Hora, nesta quarta-feira, fez questão de enfatizar a alta rejeição de João Doria, ao mesmo tempo em que dizia defender a candidatura do vencedor das prévias.
Disse que não concorre ao governo do Estado, mas não disse nada sobre planos de concorrer ao Senado ou à Câmara, porque ainda deve estar avaliando qual é o melhor atalho.
O tucano, que mais parece uma biruta maluca de aeroporto em dias de ventos desnorteados, deixou uma frase para que seja cobrado: “Não vou me omitir no segundo turno”.
É uma figura única da política gaúcha. Dizer que é uma figura esdrúxula é elogiá-lo.
(Texto originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES)
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