Uma informação que não pode ser escondida. Por Moisés Mendes

Atualizado em 5 de janeiro de 2021 às 11:34
Tarso Teixeira – Reprodução

Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES

Por Moisés Mendes

Imagino o cenário de terror enfrentado pelos servidores do Incra em Porto Alegre com a imposição negacionista que era exercida pelo chefe da superintendência no Estado.

Li agora reportagem na Folha sobre as atitudes de Tarso Teixeira, que também era vice-presidente da Farsul.

Ele foi denunciado várias vezes à alta chefia do órgão e ao Ministério Público do Trabalho por descumprir medidas de prevenção (ele mesmo não usava máscara) e por obrigar os servidores a trabalharem presencialmente.

Pelas denúncias, Tarso Teixeira não achava importante seguir as normas recomendadas por especialistas e pelo próprio Incra e não se preocupava nem com ele nem com os outros.

Alguns de seus principais assessores também foram denunciados como negacionistas que colocavam a vida de colegas em risco.

Teixeira morreu hoje pela manhã de Covid-19, no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, aos 69 anos.

Pelo momento que vivemos e por uma questão de compromisso com a verdade, não há como esconder o que os servidores do Incra viveram sob seu comando durante a pandemia que ainda não acabou.

A Folha fez a coisa certa, com a esclarecedora e detalhada reportagem de Ranier Bragon e Raquel Lopes.

O que se espera é que os funcionários do instituto sejam finalmente tratados com o devido cuidado pelo sucessor de Teixeira.

É o mínimo que merecem, por direito e por respeito que levem em conta as suas vidas e as vidas de seus familiares.

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E SE FOSSE AQUI?

Se Trump, por soberba, caiu num grampo que o denunciou como fascista e golpista, não teremos nada parecido aqui?

Não vai aparecer a fala que finalmente irá expor, por burrice, o fascista brasileiro?

Ou aqui não haveria repercussão alguma?