Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES
Por Moisés Mendes
Imagino o cenário de terror enfrentado pelos servidores do Incra em Porto Alegre com a imposição negacionista que era exercida pelo chefe da superintendência no Estado.
Li agora reportagem na Folha sobre as atitudes de Tarso Teixeira, que também era vice-presidente da Farsul.
Ele foi denunciado várias vezes à alta chefia do órgão e ao Ministério Público do Trabalho por descumprir medidas de prevenção (ele mesmo não usava máscara) e por obrigar os servidores a trabalharem presencialmente.
Pelas denúncias, Tarso Teixeira não achava importante seguir as normas recomendadas por especialistas e pelo próprio Incra e não se preocupava nem com ele nem com os outros.
Alguns de seus principais assessores também foram denunciados como negacionistas que colocavam a vida de colegas em risco.
Teixeira morreu hoje pela manhã de Covid-19, no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, aos 69 anos.
Pelo momento que vivemos e por uma questão de compromisso com a verdade, não há como esconder o que os servidores do Incra viveram sob seu comando durante a pandemia que ainda não acabou.
A Folha fez a coisa certa, com a esclarecedora e detalhada reportagem de Ranier Bragon e Raquel Lopes.
O que se espera é que os funcionários do instituto sejam finalmente tratados com o devido cuidado pelo sucessor de Teixeira.
É o mínimo que merecem, por direito e por respeito que levem em conta as suas vidas e as vidas de seus familiares.
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E SE FOSSE AQUI?
Se Trump, por soberba, caiu num grampo que o denunciou como fascista e golpista, não teremos nada parecido aqui?
Não vai aparecer a fala que finalmente irá expor, por burrice, o fascista brasileiro?
Ou aqui não haveria repercussão alguma?