Há uma enorme guerra no União Brasil, o que tem provocado divisão no partido. Isto tem atrapalhado negociações e impedido que a sigla crie um projeto único para disputar as eleições. A sigla se tornou uma das mais fortes, já que seu fundo eleitoral será de quase R$ 800 milhões.
Pré-candidatos à presidência têm feito de tudo para ter o apoio da agremiação, como João Doria, Sergio Moro e Simone Tebet. Só que o partido não tem um plano definido sobre quais caminhos deverá seguir. Tanto que nem os comandos regionais ainda estão escolhidos.
Por conta deste cenário de fragmentação, com pensamentos ideológicos diferentes, a tendência é que parlamentares deixem a legenda a partir de abril. Dificilmente um nome será consenso na corrida para conquistar o Palácio do Planalto. A informação é do jornal O Globo.
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União Brasil vira alvo de presidenciáveis
Com a guerra interna, alguns presidenciáveis passaram a negociar com dirigentes do partido. Lula tem buscado apoios pontuais do União Brasil. Jair Bolsonaro quer palanques regionais. Moro chegou a negociar sua filiação a sigla, mas foi barrado por ACM Neto.
João Doria tem usado Rodrigo Garcia, ex-DEM, para tentar fisgar apoios. Em São Paulo, por exemplo, a sigla prometeu embarcar com a candidatura do vice-governador. Simone Tebet tem trabalhado para que haja uma federação entre MDB e a agremiação para fortalecê-la.
No meio de tanta disputa, o mais provável é que o diretório nacional dê independência para cada estado escolher o seu candidato. O foco do partido é formar uma grande bancada no Congresso Nacional.