O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou nesta quinta-feira (07) após uma estreia de quase três anos que foi cercada por controvérsias e escândalos.
“É desejo do Partido Conservador que haja um novo líder e um novo primeiro-ministro. E eu falei com o comitê do partido, e a questão de escolher esse novo líder deve acontecer agora. Até o novo líder aparecer, eu estarei aqui como interino”, afirmou.
“Nos últimos dias ficou difícil conseguir. É minha função junto a vocês continuar fazendo o que prometi em 2019. Estou abrindo mão da melhor profissão do mundo”, disse ainda.
Johnson confirmou o fim do governo em um pronunciamento à imprensa em frente à sede do governo, no número 10 de Downing Street, em Londres.
O anúncio foi feito em meio à grave crise política que levou à demissão de mais de 50 integrantes do governo nas últimas 48 horas. São vários os escândalos que colocam o cargo do primeiro-ministro britânico em risco neste momento. O que começou com festas durante a pandemia chega ao ápice agora com escândalos de assédio sexual.
A situação política de Johnson ficou mais delicada após o deputado Chris Pincher, nomeado pelo premiê como vice-líder do governo, foi acusado de ter apalpado dois homens em um clube privado em Londres.
O ministro das Finanças Nadhim Zahawi foi o mais recente dos aliados de Johnson a incentivá-lo a “ir agora”, dizendo que a crise política sem precedentes sobre seu futuro não era sustentável e “só pioraria”. Notavelmente, o apelo de Zahawi para johnson renunciar veio apenas dois dias depois que o primeiro-ministro o nomeou ministro das Finanças.
Confira o pronunciamento