Alvo de dois pedidos de cassação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União) pode perder o mandato por acumular uma fatura quatro vezes maior que o teto de despesas fixado pela Justiça Eleitoral para a pré-campanha ao Senado pelo Paraná em 2022.
Com isso, três figuras femininas podem concorrer ao espaço deixado pelo bolsonarista no Senado, segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) – mulher do ex-juiz – e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT) estão considerando lançar suas candidaturas para a disputa pelo posto.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emergiu como um dos principais defensores da candidatura de Michelle, enfatizando que um mandato no Senado poderia servir como uma espécie de “proteção” contra as investigações que envolvem o ex-presidente e que também impactam a ex-primeira-dama.
No círculo mais próximo de Sergio Moro, a possibilidade de sua esposa, Rosangela, entrar na corrida eleitoral está ganhando força. O grupo político do ex-juiz vê Rosangela, advogada e deputada federal, como uma potencial sucessora do marido e capaz de manter seu capital político intacto.
Se decidirem concorrer, tanto Michelle Bolsonaro quanto Rosangela Moro terão que transferir seus domicílios eleitorais para o Paraná, o que requer uma mudança registrada ao menos seis meses antes da eleição. Atualmente, Michelle tem domicílio eleitoral no Distrito Federal, enquanto Rosangela está registrada em São Paulo. A deputada já realizou essa mudança em 2022 para concorrer a uma vaga na Câmara pelo estado.
Enquanto isso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já se posicionou de forma proeminente na corrida. O apoio da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que em junho fez campanha nas redes sociais para Gleisi, contribuiu para solidificar a candidatura da petista, sendo referida como a “futura senadora”. Gleisi mantém seu domicílio eleitoral em Curitiba.
Tanto o PT quanto o PL estão movendo uma ação para cassar o mandato de Moro no Senado e buscar novas eleições. O caso está atualmente em julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), com uma decisão final aguardada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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