O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), destacou, em uma live no Instagram, a existência de uma “onda de mudança” na cidade, afirmando que as recentes pesquisas de opinião, divulgadas neste sábado pelas empresas Quaest e Datafolha, não conseguem captar esse movimento.
Boulos, que aparece em segundo lugar nas pesquisas, argumentou que a disputa eleitoral em São Paulo não afeta apenas os moradores da capital, mas também tem repercussões em todo o Brasil. Em suas declarações, ele criticou o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), a quem chamou de “fraco”, e apontou que sua verdadeira adversária é uma aliança que, segundo ele, representa um projeto bolsonarista para a cidade.
“Temos uma onda hoje em São Paulo de mudança, que os institutos de pesquisa não estão conseguindo captar […] Amanhã vai ter instituto de pesquisa de cabelo em pé”, disse Boulos, referindo-se à expectativa de uma virada nas intenções de voto.
“A gente sabe que teve um assédio tremendo, e ainda está tendo, com mentiras, funcionários terceirizados da prefeitura, dizendo que iríamos encerrar programas sociais. O uso de máquina, uma desfaçatez incrível. Lamento que a Justiça Eleitoral não tenha tomado as medidas prontas. Muita gente tá coagida”, afirmou Boulos.
“Amanhã na urna não vai estar seu patrão, pessoal da prefeitura, os concursados do time do Ricardo Nunes, não vai ser o vereador do bairro que por clientelismo tenta te coagir a votar. Amanhã é você e sua consciência. Urna não é lugar para depositar medo. É lugar para depositar sonho”, declarou o candidato.
No último dia de campanha, Boulos liderou uma caminhada que começou na Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta, e seguiu até a Praça Roosevelt. Ele foi recebido calorosamente por apoiadores, enfatizando a ideia de uma possível “virada” nas eleições contra Nunes, que lidera as últimas pesquisas de intenção de voto.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, Ricardo Nunes possui 57% das intenções de voto válidas, enquanto Boulos aparece com 43%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A pesquisa da Quaest apresenta números semelhantes, com o atual prefeito de São Paulo obtendo 55% dos votos válidos e o deputado 45%, também com uma margem de erro de dois pontos percentuais.
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