Várzea: como Ricardo Nunes usa a prefeitura de SP para retaliar concorrentes na eleição em outubro

Atualizado em 26 de maio de 2024 às 15:47
Gestão de Nunes na Prefeitura de São Paulo rejeitou emendas propostas pelas deputadas Tabata Amaral (PSB) e Erika Hilton (PSOL), aliada de Boulos. Foto: Reprodução

De vereador clientelista, bancado por Temer, a prefeito varzeano, Ricardo Nunes segue seu caminho em busca da reeleição em outubro, em São Paulo, sem o menor pudor.

Nesta semana, fez a prefeitura da capital, como forma de retaliação, rejeitar emendas propostas pelas deputadas Tabata Amaral (PSB) e Erika Hilton (PSOL), aliada de Guilherme Boulos (PSOL), seus principais concorrentes eleitorais.

Os recursos estavam desstinados à construção de quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

Os projetos estavam cadastrados no Programa de Aceleração do Crescimento Seleções (PAC Seleções) pela própria Prefeitura.

Inicialmente, a Prefeitura justificou a recusa das emendas alegando priorizar a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS), argumento que foi posteriormente modificado ao negar os recursos. O montante total das emendas das duas parlamentares totaliza R$ 10 milhões.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS), a recusa se baseou na falta de titularidade dos terrenos onde as obras seriam realizadas e na insuficiência dos recursos destinados pelas parlamentares para bancar as construções. Entretanto, as áreas para os Caps já haviam sido definidas pela própria Secretaria de Saúde, e o valor das obras é tabelado pelo Ministério da Saúde.

Erika Hilton de roupa preta, falando em microfone, de cabelo solto, olhando para o lado, com bandeira do Brasil ao fundo
A deputada federal Erika Hilton, do PSOL, é aliada de Boulos – Reprodução/Câmara dos Deputados

A Secretaria de Saúde afirmou à deputada Erika Hilton que o terreno destinado para a construção apresentava um “declive acentuado”, o que inviabilizaria a obra. Diante disso, Hilton realocou sua emenda para o Rio Grande do Sul, estado afetado por chuvas e enchentes.

Em resposta ao jornal O Estado de S. Paulo, a Secretaria de Saúde declarou que as emendas “não são suficientes nem para começar as obras” e que a priorização das UBS pelo PAC foi devido à demanda da população. Porém, não detalhou o custo das ações. A Prefeitura afirmou também ser dona dos terrenos, contradizendo a informação anteriormente fornecida ao gabinete de Tabata.

Tabata Amaral classificou a recusa como “antirrepublicana”, destacando que os recursos seriam importantes para as periferias de São Paulo. Já Erika Hilton acusou o prefeito Ricardo Nunes de rejeitar as emendas por “questão ideológica”.

Estas informações foram reportadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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