Aliado de Bolsonaro, Filipe Barros (PSL-PR) foi quem vazou o inquérito sigiloso sobre o ataque hacker aos sistemas do TSE. A informação é do relatório divulgado pela Polícia Federal. O deputado federal e olavista é o nome favorito para representar o presidente bolsonarista na disputa do governo do Paraná.
Segundo a delegada Denisse Ribeiro, o deputado solicitou acesso aos documentos. Ele declarou que iria usar o material para fazer um relatório sobre a PEC do voto impresso. A PF entregou o material sigiloso para Filipe, que entregou o assunto para o presidente Bolsonaro.
“Em síntese, o conjunto probatório colhido durante esta investigação, em especial as oitivas das pessoas em torno do fato, a análise correicional do inquérito policial divulgado e os demais atos de investigação, permite identificar que houve divulgação indevida do inquérito policial, feita a partir da entrega formal da documentação ao deputado federal FILIPE BARROS, com a finalidade expressa de sua utilização nas discussões afetas à PEC n° 135/2019, que é de relatoria de referido parlamentar”, explica a PF.
“FILIPE BARROS, entretanto, deu destino diverso à documentação, entregando-a, entre outras pessoas, ao Senhor Presidente da República, a fim de municiá-lo na narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro, de votação eletrônica, era vulnerável e permitiria fraudar as eleições”, completa.
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Bolsonaro não prestou depoimento
O presidente tinha que prestar depoimento sobre o assunto nesta sexta (28), mas ele desobedeceu a decisão do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado do STF não aceitou o pedido da AGU para adiar a ida do governante à PF.
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